O luto por animais de companhia deve ser levado a sério?

Recentemente foi anunciada a intenção de propor uma lei que permita às pessoas faltar ao trabalho por causa da morte de um animal de companhia.

Quer se concorde, ou não, com esta proposta do direito ao luto laboral pelos animais de companhia, estudos recentes indicam que há, neste momento, mais cães e mais gatos nos núcleos familiares portugueses do que crianças.

Segundo um artigo publicado no site da TSF, Pedro Tadeu realça que "para muitas pessoas a morte de um animal de companhia pode ter um impacto emocional tão grande quanto a morte de um familiar - há estudos científicos que o comprovam.

Quantas pessoas devem ao seu cão ou ao seu gato o equilíbrio psicológico que lhes permite, apesar das agressões da vida, manterem-se ativas, sociáveis e produtivas na sociedade humana? Quantas pessoas devem ao facto de terem um cão ou um gato uma rotina disciplinada pela obrigação, pela responsabilidade, pelo dever voluntário de alimentar e tratar esses animais e que as obriga a sair da cama, a ir à rua, a contactar outros humanos, até a trabalhar?
Quantas pessoas, a começar por muitas crianças, aprenderam a resistir emocionalmente à dor da morte com o luto que fizeram após o desaparecimento do seu primeiro animal de companhia? Quantas, através dessa primeira experiência, não enfrentaram melhor, mais tarde, o falecimento de familiares?"

A verdade é que o amor é uma força que não se restringe somente a humanos. O amor pelos animais, pela natureza ou por ideal promove em quem o sente uma avalanche de emoções e comportamentos que devem ser tidos em conta, e levados sempre em consideração.