
Bons exemplos – A aldeia dos gatos!
O Movimento Movido a 4 Patas cria abrigos para acolher e alimentar as colónias de gatos que vivem nas ruas de uma freguesia de Sintra. Projecto está a ser alargado a outros locais!
O Movimento Movido a 4 Patas, uma associação de ajuda animal, uniu-se à Junta de Freguesia de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, em Sintra, para desenvolver e produzir abrigos para os gatos abandonados nas ruas. Bons exemplos para serem também implementados no resto do país!
O primeiro abrigo, localizado na rua da Fonte, no centro de Almornos, foi inaugurado em Março e a iniciativa alargou-se, em Setembro, ao Parque de Campismo de Almornos, em Sintra, onde foi implementada a segunda “Aldeia dos Gatos”. O principal objectivo do projecto passa por criar um espaço comum e “controlar a população de animais”. “É um projecto que tenta proteger e salvaguardar, o mais possível, a vida destes animais e integrá-los, de uma forma controlada, na área onde viviam”, explica Raquel Matos, do Movimento Movido a 4 Patas.
Os abrigos construídos em madeira têm oito entradas que dão acesso a dormitórios com camas, almofadas e mantas, onde cada um dos animais se pode alojar, e estão ainda equipados com kits de primeiros socorros para situações urgentes. Preparados para acolher uma colónia inteira de gatos, têm ainda um espaço envolvente, vedado com uma cerca de madeira, onde estes animais podem alimentar-se, brincar, trepar as árvores ou apanhar sol.
Em contacto com os animais, a equipa da associação e outros tratadores perceberam que estes gatos têm tudo o que é necessário. Com estes abrigos, torna-se mais fácil alimentar, controlar a sua saúde e impedir que sejam atropelados ou envenenados. “Como os animais se vão habituando a quem trata deles, começam a interagir com as pessoas e quando têm, por exemplo, um problema de saúde, conseguimos apanhá-los mais facilmente e levá-los ao veterinário.”
Para prevenir que as ninhadas de gatos cresçam, todos os animais são “castrados e esterilizados” e, depois, identificados como membros dos abrigos. O número de gatos que viviam nas ruas, continua Raquel, vai manter-se estável — excepto em situações em que apareça algum animal errante ou abandonado a precisar de ser acolhido. “Não há famílias suficientes para acolher a todos e muitos destes animais não conseguem integrar-se porque viveram muito tempo nas ruas.”
A “Aldeia dos Gatos” foi a solução encontrada por Raquel e pelo Movimento Movido a 4 Patas. Esta iniciativa poderá alargar-se, em breve, a outros pontos do país: “Queremos implementar o projecto a nível nacional para poder, de alguma forma, ajudar estes animais esquecidos que vivem na rua e não estão contabilizados”.
O movimento pretende ainda “criar um projecto de crowdfunding” para oferecer dez abrigos a cuidadores de animais e a outras associações de apoio a gatos de rua e organizar um “roteiro pelas diferentes aldeias dos gatos”, através da criação de coordenadas de geocaching com o propósito de “unir os abrigos a nível nacional” e “convidar as pessoas a trazer donativos para as colónias”.
Texto de Andreia Cunha
Sobre a ALDEIA DOS GATOS
Em todos os lugares existem gatos de rua que dependem da boa vontade de pessoas para sobreviverem.
Geralmente as colónias são alimentadas pela população e raras vezes existe controlo da reprodução, o que leva ao crescimento descontrolado dessas colónias.
Uns abandonados, outros nascidos na rua, na maioria, acabam por se tornarem ferais.
Os ferais são aqueles que privados do contacto humano amoroso acabam por ficar selvagens, pouco sociáveis e apaixonados pela liberdade.
O resgate nem sempre é a melhor opção para estes animais, que só querem mesmo seu espaço, comida e água.
A melhor opção é o NÃO ABANDONO utilizando o método CED (capturar/esterilizar/devolver).
A pensar no bem estar dos gatos de rua, na saúde pública da população que interage com eles e no ambiente, o Movimento Movido a 4 Patas tem preparado o projeto "Aldeia dos Gatos", que pode ser aplicado nos municípios, com um valor perfeitamente aceitável.
Projeto "Aldeia dos Gatos"
Solução:
Instalar abrigos de madeira perto das colónias, em zonas resguardadas e longe de estradas.
Através do gabinete médico veterinário municipal ou em parceria com Clinicas veterinárias da área realizar as capturas e esterilização/castração dos indivíduos e controlo de saúde.
Vantagens:
Manutenção equilibrada e controlada das populações de animais errantes
Maior segurança para animais, transeuntes e automobilistas
Maior sensibilização para as crianças e população em geral, na interação com os habitantes do Abrigo.
Boas práticas ambientais e de protecção a animais errantes
O embelezamento do local
Equipamento necessário
Abrigo de madeira com 1mt15 de largura por 1mt70 de altura com 8 lugares cada com 50x50 cm, 1 parte ampla na parte superior com 1m15 por 70 cm (para recobro de situações cirurgias ou outras) e com pequeno alpendre para resguardo de comedouros e bebedouros.
Cerca – Painéis de madeira de 70cmsx180cms
Portão de madeira 70x100cms
Responsabilidades
Implementação do abrigo e área circundante
Manutenção do espaço a cargo do município ou/e voluntários.
Alimentação a cargo das pessoas, que normalmente os alimenta, continuando assim o elo que já tem.
Periodicamente, realizar campanhas para angariação de ração.
Divulgue este projecto na sua freguesia ou concelho.
Com o esforço e boa vontade de todos, poderemos dar melhores condições aos nossos animais de rua.
Fontes
http://p3.publico.pt/
http://www.movidoa4patas.com
Comments are closed.